Tipos de cabos de
rede.
Existem basicamente 3 tipos diferentes de
cabos de rede: os cabos de par trançado (que são, de longe, os mais comuns), os
cabos de fibra óptica (usados principalmente em links de longa distância) e os
cabos coaxiais, ainda usados em algumas redes antigas.
Existem vários motivos para os cabos coaxiais
não serem mais usados hoje em dia: eles são mais propensos a mal contato, os
conectores são mais caros e os cabos são menos flexíveis que os de par
trançado, o que torna mais difícil passá-los por dentro de tubulações.
No entanto, o principal motivo é o fato de
que eles podem ser usados apenas em redes de 10 megabits: a partir do momento
em que as redes 10/100 tornaram-se populares, eles entraram definitivamente em
desuso, dando lugar aos cabos de par trançado.
Entre eles, os que realmente usamos no
dia-a-dia são os cabos “cat 5” ou “cat 5e”, onde o “cat” é abreviação de
“categoria” e o número indica a qualidade do cabo.
Fabricar cabos de rede é mais complicado do
que parece. Diferente dos cabos de cobre comuns, usados em instalações
elétricas, os cabos de rede precisam suportar freqüências muito altas, causando
um mínimo de atenuação do sinal.
Para isso, é preciso minimizar ao máximo o
aparecimento de bolhas e impurezas durante a fabricação dos cabos.
No caso dos cabos de par trançado, é preciso,
ainda, cuidar do entrançamento dos pares de cabos, que também é um fator
crítico.
Existem cabos de cat 1 até cat 7. Como os
cabos cat 5 são suficientes tanto para redes de 100 quanto de 1000 megabits,
eles são os mais comuns e mais baratos; geralmente custam em torno de 1 real o
metro.
Os cabos cat5e (os mais comuns atualmente)
seguem um padrão um pouco mais estrito, por isso dê preferência a eles na hora
de comprar.
Em todas as categorias, a distância máxima
permitida é de 100 metros.
O que muda é a freqüência (e,
conseqüentemente, a taxa máxima de transferência de dados suportada pelo cabo)
e o nível de imunidade a interferências externas. Esta é uma descrição de todas
as categorias de cabos de par trançado existentes:
Categoria 1: Utilizado em instalações telefônicas, porém
inadequado para transmissão de dados.
Categoria 2: Outro tipo de cabo obsoleto. Permite
transmissão de dados a até 2.5 megabits e era usado nas antigas redes Arcnet.
Categoria 3: Era o cabo de par trançado sem blindagem
mais usado em redes há uma década. Pode se estender por até 100 metros e
permite transmissão de dados a até 10 Mbps. A principal diferença do cabo de
categoria 3 para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 é o entrançamento dos
pares de cabos.
Enquanto nos cabos 1 e 2 não existe um padrão definido, os cabos de categoria 3 (assim como os de categoria 4 e 5) possuem pelo menos 24 tranças por metro e, por isso, são muito mais resistentes a ruídos externos. Cada par de cabos tem um número diferente de tranças por metro, o que atenua as interferências entre os pares de cabos. Praticamente não existe a possibilidade de dois pares de cabos terem exatamente a mesma disposição de tranças.
Enquanto nos cabos 1 e 2 não existe um padrão definido, os cabos de categoria 3 (assim como os de categoria 4 e 5) possuem pelo menos 24 tranças por metro e, por isso, são muito mais resistentes a ruídos externos. Cada par de cabos tem um número diferente de tranças por metro, o que atenua as interferências entre os pares de cabos. Praticamente não existe a possibilidade de dois pares de cabos terem exatamente a mesma disposição de tranças.
Categoria 4: Cabos com uma qualidade um pouco melhor que
os cabos de categoria 3. Este tipo de cabo foi muito usado em redes Token Ring
de 16 megabits. Em teoria podem ser usados também em redes Ethernet de 100
megabits, mas na prática isso é incomum, simplesmente porque estes cabos não são
mais fabricados.
Categoria 5: A grande vantagem desta categoria de cabo
sobre as anteriores é a taxa de transferência: eles podem ser usados tanto em
redes de 100 megabits, quanto em redes de 1 gigabit.
Categoria 5e: Os cabos de categoria 5e são os mais comuns
atualmente, com uma qualidade um pouco superior aos cat 5. Eles oferecem uma
taxa de atenuação de sinal mais baixa, o que ajuda em cabos mais longos, perto
dos 100 metros permitidos. Estão disponíveis tanto cabos blindados, quantos
cabos sem blindagem, os mais baratos e comuns.
Além destes, temos os cabos de categoria 6 e
7, que ainda estão em fase de popularização:
Categoria 6: Utiliza cabos de 4 pares, semelhantes aos
cabos de categoria 5 e 5e. Este padrão não está completamente estabelecido, mas
o objetivo é usá-lo (assim como os 5e) nas redes Gigabit Ethernet. Já é
possível encontrar cabos deste padrão à venda em algumas lojas.
Categoria 7: Os cabos cat 7 também utilizam 4 pares de
fios, porém usam conectores mais sofisticados e são muito mais caros. Tanto a
freqüência máxima suportada, quanto a atenuação de sinal são melhores do que
nos cabos categoria 6. Está em desenvolvimento um padrão de 10 Gigabit Ethernet
que utilizará cabos de categoria 6 e 7.
Você pode comprar alguns metros de cabo e alguns
conectores e crimpar os cabos você mesmo, ou pode comprá-los já prontos.
Em ambos os casos, os cabos devem ter no mínimo 30
centímetros e no máximo 100 metros, a distância máxima que o sinal elétrico
percorre antes que comece a haver uma degradação que comprometa a comunicação.
Naturalmente, os 100 metros não são um número
exato. A distância máxima que é possível atingir varia de acordo com a
qualidade dos cabos e conectores e as interferências presentes no ambiente.
Já vi casos de cabos de 180 metros que funcionavam
perfeitamente, e casos de cabos de 150 que não.
Ao trabalhar fora do padrão, os resultados variam
muito de acordo com as placas de rede usadas e outros fatores.
Ao invés de jogar com a sorte, é mais recomendável
seguir o padrão, usando um hub/switch ou um repetidor a cada 100 metros, de
forma a reforçar o sinal.
Comprar os cabos já prontos é muito mais prático,
mas tem alguns inconvenientes. Muita gente (a maioria, acredito não acha muito
legal ver cabos espalhados pelo chão da sala).
Alguns desavisados chegam a tropeçar neles,
derrubando micros, quebrando os conectores das placas de rede, entre outros
acidentes desagradáveis.
Para dar um acabamento mais profissional, você precisa
passar os cabos por dentro das tubulações das paredes ou pelo teto e é mais
fácil passar o cabo primeiro e crimpar o conector depois do que tentar fazer o
contrário.
Se preferir crimpar o cabo você mesmo, vai precisar
comprar também um alicate de crimpagem. Ele “esmaga” os contatos do conector,
fazendo com que eles entrem em contato com os fios do cabo de rede.
Os cabos de rede transmitem sinais elétricos a uma
freqüência muito alta e a distâncias relativamente grandes, por isso são muito
vulneráveis a interferências eletromagnéticas externas.
Nos cabos coaxiais (tanto os de rede quanto os
usados em antenas de TV) é usada uma malha de metal que protege o cabo de dados
contra interferências externas.
Os cabos de par trançado, por sua vez, usam um tipo
de proteção mais sutil: o entrelaçamento dos cabos cria um campo
eletromagnético que oferece uma razoável proteção contra interferências
externas.
Cada um dos quatro pares segue um padrão diferente
de entrançamento, o que faz com que as transmissões de um não interfiram com as
dos vizinhos.
Além dos cabos sem blindagem, conhecidos como UTP (Unshielded
Twisted Pair), existem os cabos blindados conhecidos como STP (Shielded
Twisted Pair).
A única diferença
entre eles é que os cabos blindados, além de contarem com a proteção do
entrelaçamento dos fios, possuem uma blindagem externa (assim
como os cabos coaxiais) e por isso são mais adequados a ambientes com fortes
fontes de interferências, como grandes motores elétricos ou grandes antenas de
transmissão muito próximas.
Quanto maior for o nível de interferência, menor
será o desempenho da rede, menor será a distância que poderá ser usada entre os
micros e mais vantajosa será a instalação de cabos blindados.
Em ambientes normais, porém, os cabos sem blindagem
funcionam perfeitamente bem. Na ilustração temos um exemplo de cabo com
blindagem, com proteção individual para cada par de cabos.
Existem também cabos mais “populares”, que utilizam
apenas uma blindagem externa que envolve todos os cabos.
Outras fontes menores de interferências são as
lâmpadas fluorescentes (principalmente lâmpadas cansadas, que ficam piscando),
cabos elétricos, quando colocados lado a lado com os cabos de rede, e mesmo
telefones celulares muito próximos dos cabos.
Este tipo de interferência não chega a interromper
o funcionamento da rede, mas pode causar perda de pacotes.
No final de cada pacote TCP são incluídos 32 bits
de CRC, que permitem verificar a integridade dos dados.
Ao receber cada pacote, a estação verifica se a
soma dos bits “bate” com o valor do CRC. Sempre que a soma der errado, ela
solicita a retransmissão do pacote, o que é repetido indefinidamente, até que
ela receba uma cópia intacta.
Graças a esse sistema é possível transmitir dados
de forma confiável mesmo através de links ruins (como, por exemplo, uma conexão
via modem). Porém, quanto mais intensas forem as interferências, mais pacotes
precisam ser retransmitidos e pior é o desempenho da rede.
GUGU Telecom
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