Circuito fechado de tv e vídeo.
Um importante aliado na
segurança dos condomínios.
A segurança é, hoje em dia, uma preocupação de todos, e
os investimentos em itens que zelam pela proteção dos moradores tem ganhado
reforço nos orçamentos dos condomínios residenciais.
Os síndicos, por sua vez, devem estar atentos aos tipos
de equipamentos, manutenção e execução do serviço, pois o objetivo é deixar os
moradores sempre seguros.
Mesmo com porteiros, cercas elétricas, alarmes e outros
tipos de dispositivos, nem sempre é fácil garantir que todas as áreas do
perímetro do condomínio estejam seguras. Justamente por isso é indispensável
contar com um sistema eletrônico de segurança, pois ele detecta e avisa quando
alguma irregularidade acontece.
Os sistemas eletrônicos envolvem subsistemas, que são as
centrais de alarmes, os controles de acesso (vídeo-porteiros, leitores de
cartões etc.) e os CFTV (circuitos fechados de televisão e vídeo), capazes de
garantir toda a vigilância necessária para evitar qualquer aproximação
indesejada ou tentativa de invasão no condomínio.
O CFTV é um circuito fechado de câmeras que, posicionadas
conforme a necessidade do local, transmite as imagens para um ou vários
monitores de televisão. Os equipamentos básicos utilizados nos circuitos
fechados são câmeras de vídeo e monitores de televisão. São necessários, ainda,
equipamentos de mixagem para a gravação e apresentação das várias imagens num
mesmo monitor, bem como gravadores das imagens geradas para arquivo.
Há vários tipos de câmeras no mercado, como as próprias
para uso interno e outras para uso externo. As mais utilizadas são as câmeras
preto e branco, que capturam melhor a imagem em situação de baixa luminosidade.
Já as coloridas, identificam mais rapidamente as pessoas.
No entanto, o fator fundamental para o bom funcionamento
de um sistema de CFTV é o posicionamento ideal das câmeras. Deve-se evitar
colocar a câmera onde a luz – seja solar, de holofotes ou luminárias – possa
prejudicar a qualidade da imagem.
É necessário planejar, também, um sistema de alimentação
independente para o CFTV, utilizando baterias auxiliares, para o caso de
interrupção de energia. Importante também lembrar que o usuário dos
equipamentos de segurança seja treinado pela própria empresa instaladora, ou em
cursos especializados. E que ninguém – seja morador, funcionário ou visitante –
possa desrespeitar os procedimentos de segurança.
Tipos de equipamentos e manutenção.
Um sistema de CFTV é composto basicamente por três
elementos: equipamento de captação de imagem e áudio, cabeamento e equipamentos
de gerenciamento e armazenamento. Segundo Marcos Prestes Falcão, técnico em
segurança eletrônica, atualmente existem dois tipos de equipamentos de CFTV:
analógico e digital. Os analógicos são os mais comuns porque são mais antigos e
o custo é menor. Nele, as câmeras são conectadas aos dispositivos centrais e as
imagens são então exibidas em monitores do tipo VGA ou LCD.
Já o sistema digital, apesar de ter um custo maior,
apresenta uma qualidade de imagem muito superior, pois nele são utilizadas
câmeras com tecnologia IP, que são ligadas através de cabos UTP (cabo de rede)
ao terminal central. As imagens capturadas podem ser disponibilizadas de
maneira remota, através de monitores LCD HD, Full-HD e 4K.
Todo condomínio deve contratar uma empresa especializada
para instalar os equipamentos e fazer a manutenção. Há empresas que desenvolvem
projetos personalizados de segurança, levando em conta as características do
local, pontos mais vulneráveis, e apontando os equipamentos e estratégias mais
adequados.
Os circuitos fechados de televisão para condomínios de
médio ou pequeno porte, por exemplo, podem custar, em média, R$10 mil.
Os sistemas de CFTV podem ser vistos como “equipamentos
livres de manutenção” já que não possuem partes móveis. Mas na prática isto
está bem longe da verdade. De qualquer forma existem diversos procedimentos que
podem ser feitos para manter um sistema de CFTV na sua melhor condição.
O ideal é analisar com atenção o contrato de manutenção
com a empresa fornecedora que, normalmente, inclui a manutenção preventiva e/ou
corretiva.
Embora os sistemas atuais apresentem bons resultados em
relação à qualidade da imagem, esta pode decair radicalmente em alguns meses e
os motivos podem ser bem variados, desde a má instalação e manuseio dos
equipamentos até mesmo pela instabilidade de energia no local.
A manutenção corretiva deve ter uma resposta rápida e
solução completa, pois é a segurança dos moradores que está em jogo. Por isso,
deve ser dada como prioridade sobre a manutenção preventiva.
O síndico pode ajudar neste sentido informando o tipo de
problema apresentado para que o técnico de manutenção possa ser enviado com os
equipamentos, acessórios e ferramentas adequadas.
Já a manutenção preventiva deve ocorrer a cada seis meses
de acordo com o tipo de equipamento. Normalmente, são feitos testes completos
de funcionamento, gravação, reprodução e resposta.
Conectores em mau estado ou com mau contato devem ser
trocados e os equipamentos devem ser limpos e lubrificados, para evitar que
qualquer sujeira ou poeira fique acumulada. O ideal é que a planilha com os
itens verificados durante a manutenção seja assinada pelo técnico e pelo
síndico do condomínio logo após a visita ao local.
Segurança em primeiro lugar.
O aviso “Sorria, você está sendo filmado” não é
exclusividade de imóveis comerciais. Especialistas em segurança afirmam ser
crescente o investimento de condomínios residenciais na instalação de câmeras
de vigilância.
De uma maneira geral, todas as áreas comuns que não
tenham uma finalidade mais restrita podem receber câmeras. Há espaços no
condomínio que devem ser sempre filmados, as chamadas áreas de acesso, como
portarias, entradas e saídas de garagens, áreas de grande trânsito, como o hall
social e de serviço, entradas e saídas de escadas, e os elevadores também merecem
monitoramento, principalmente calculando o ponto cego entre eles.
As áreas particulares de cada condômino e as áreas comuns
com finalidades mais restritas não devem receber as câmeras, como por exemplo,
o interior dos imóveis, vestiários, banheiros e saunas.
Os locais devem ser definidos em Assembleia, buscando
sempre respeitar a privacidade de todos.
Para garantir o direito à privacidade, o acesso às
imagens captadas pelas câmeras do circuito interno de TV deve ser bastante
restrito. Em geral, apenas o síndico, os porteiros e zeladores possuem esse
acesso, para fins de monitoramento no cotidiano.
Eventualmente, em casos de danos ao patrimônio ou de
suspeitas de crimes, as imagens podem ser solicitadas ao síndico para
averiguação da polícia.
Nesses casos é importante que sejam especificados os
períodos de gravação necessários, para que os condôminos não sejam expostos.
A instalação de câmeras em condomínios é uma medida de
segurança importante e que deve ser levada muito a sério. Outro assunto essencial
para o condomínio é a definição das regras de convivência que os condôminos
precisam seguir após a instalação desses equipamentos.
Deixar os
moradores a par de seus deveres e direitos é fundamental para o bom uso do
sistema. O ideal é que tudo esteja devidamente descrito no regulamento interno
do condomínio para que todos possam ter acesso e se sintam mais seguros.
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