Cabeamento Certificado.
Um cabeamento
certificado é uma estrutura de cabeamento estruturado que ao
ser desenvolvida, implementada ou projetada por um profissional certificado,
por um fabricante ou até mesmo certificado e homologado por uma empresa internacional
como a BICSI, recebe após uma avaliação criteriosa para verificar se o
mesmo esta de acordo com as normas e padrões, caso esteja, esta
estrutura recebe um certificado de garantia por parte do fabricante.
Além de normas dos
fabricantes, utilizam-se equipamentos, chamados certificadores, que testam
a rede com sinais elétricos que simulam pacotes padrões de dados para
diversas protocolos conhecidos como a atual 10GBASE-T.
Este certificador faz vários
testes completos no cabeamento, e acusará qualquer defeito que possa vir a ter
no mesmo.
Ao certificar o cabeamento,
existem empresas que fornecem garantia estendida de até 25 anos, se for usado
apenas seus produtos no cabeamento testado.
A certificação de cabeamento é mais necessária que nunca.
Lembre-se de
que o cabeamento é responsável por metade de todas as falhas na rede. E ao
certificá-lo, as falhas são significativamente reduzidas.
O atual cenário de crise econômica que o país enfrenta
demandou uma reestruturação dos orçamentos de TI.
Reduzir custos é a prioridade número um das empresas, que
precisam tomar decisões difíceis para reduzir despesas operacionais e de
capital.
No entanto, neste processo, é fundamental que os gerentes
de TI não se esqueçam de que uma infraestrutura de rede saudável está
diretamente ligada à produtividade, eficiência e expansão de serviços.
Uma opção tentadora para reduzir as despesas de TI pode
ser adiar a manutenção. Embora nenhuma organização prorrogue uma manutenção
realmente crítica, existem tarefas que podem ser adiadas, pois estão em uma
zona cinzenta que pode ser considerada "opcional".
Trafegar nessas decisões não é fácil, mas seria um grave
erro suspender os testes da fundação de cada rede: seu cabeamento de cobre e
fibra.
O teste mais completo para o cabeamento de rede é a
certificação. A certificação prova que um sistema de cabos adere a rigorosos
padrões de desempenho e de execução da instalação, por isso, este procedimento
requer técnicos treinados e equipamentos de teste especializados. Este é um
esforço caro que pode ser adiado, certo? Errado.
O cabeamento é responsável por metade de todas as falhas
na rede. Ao certificá-lo, as falhas são significativamente reduzidas.
Em tempos financeiramente desafiadores, este é um
benefício crucial que pode ser potencializado de seis maneiras:
1. Certificar
é mais barato que reparar
A certificação de cabos de cobre e fibra previne problemas. Sem ela os reparos devem ser feitos em uma rede ativa ou pior, em uma rede que está sofrendo uma interrupção.
A certificação de cabos de cobre e fibra previne problemas. Sem ela os reparos devem ser feitos em uma rede ativa ou pior, em uma rede que está sofrendo uma interrupção.
O tempo de inatividade da rede resulta em perda de
receita e produtividade, redução de serviço ao cliente e desvantagem
competitiva. Um estudo do Gartner estimou que uma hora de inatividade de uma
rede corporativa custa, em média US$ 42.000, dependendo da indústria.
Se uma empresa é desafiada a melhorar seu tempo de
atividade anual de 99,9% para 99,99%, ela precisa reduzir o tempo de
inatividade por oito horas. Usando a estimativa do Gartner sobre o custo de
inatividade, isso gera uma economia para a empresa de US$ 336.000 por ano. Mas
como se chega lá?
Há muitas causas de inatividade. Um estudo do
Gartner/Dataquest apontou que o erro humano e de aplicação são responsáveis por
80% das falhas. Mas se a rede representa apenas 20% da causa, ela responde por
US$ 67.000 da exposição.
Compare isso com o custo da certificação. Uma rede com
600 linhas de cobre Categoria 6 passa por testes de certificação. Uma suposição
realista é que 5% dos links falham no teste inicial e devem ser reparados e
testados novamente. Usando um certificador de cabo moderno todo o processo
levaria aproximadamente 11 horas. A uma taxa comercial de R$50 por hora, a
despesa será de R$600. R$600 de despesa para economizar US$67.000.
O caso de sucesso da certificação é auto evidente.
2.
As garantias do produto estão limitadas.
Em tempos difíceis um proprietário de rede pode ser tentado a usar a garantia de um fabricante por segurança. Isso é compreensível uma vez que a maioria dos fabricantes de cabos e conectores oferecem boas garantias e estão por trás de seus produtos. Entretanto, esses fabricantes não podem garantir a instalação final.
A qualidade de uma instalação de cabos está em grande
parte nas mãos dos instaladores. Se a habilidade do profissional é fraca, mesmo
produtos excelentes falham. As falhas e problemas associadas à rede estão fora
do escopo de uma garantia de hardware, de modo que o proprietário da rede e o
instalador devem negociar a correção.
A única maneira de assegurar que a obra do instalador
atenda aos padrões e que as melhores práticas sejam seguidas é através dos
testes de certificação. A certificação dá a proteção necessária contra custos
imprevistos ao proprietário da rede e, quando os ventos da economia estão
desfavoráveis, essa proteção é sempre bem-vinda.
2.
Certificação e Recertificação serão a prova de
futuro da infraestrutura.
Você pode acreditar que um cabo, após instalado e certificado, nunca mais precisará de atenção. Isso pode ser imprudente. Uma planta de cabeamento recertificada pode provar ser compatível com o tráfego de alta velocidade que é implantado anos após o cabo ser instalado pela primeira vez.
Quão importante é o suporte para velocidades
mais altas? De acordo com um levantamento de datacenters pela empresa de
pesquisa BSRIA, a tecnologia multigigabit é comum agora:
Quais são as implicações disto?
O cabo de cobre da categoria 6 foi projetado para
suportar uma taxa de dados de 1 Gigabit por segundo. Os recentes testes de
certificação em campo indicam que boa parte do cabo Cat 6 usado nos datacenters
está em conformidade com o padrão 10GBASE-T e pode suportar o serviço de 10
Gigabit em distâncias curtas a moderadas.
Se você recertificar o cabo Cat 6 em seu datacenter pode
encontrar um caminho eficiente para uma taxa de transferência de 10X, evitando
alguns ou todos os custos de substituição de cabeamento. Além disso, quando a
demanda por serviços de TI repercutir, a planta de cabos recertificados estará
pronta para suportar novos equipamentos e expandir os serviços.
3. Cabeamento
não certificado = Capital Subutilizado.
É um fato: Recessões agitam o mercado, especialmente o imobiliário. Quando um novo inquilino entra em um edifício o estado de seu cabeamento apresenta uma série de questões.
Quantos anos têm?
Funciona?
Para que foi usado?
Quando?
O novo inquilino pode ver a essa quantidade
de cabos de cobre e/ou fibra como um mistério e não como algo bom.
Certificar 200 links de cabos custará menos de R$ 1000. A
instalação de 200 novas linhas do novo cabo Cat 6 custará de R$ 5 mil a R$ 10
mil. A escolha para o locatário é fácil.
A certificação é sinônimo de capital poupado para os
proprietários de edifícios e inquilinos. A falta de certificação transforma o
cabeamento legado em capital subutilizado: dinheiro gasto que não pode ser recuperado.
4. Reduzir
resíduos é uma boa política.
O argumento econômico para estender a vida dos cabos foi descrito no item 4, mas pode não ser o pior caso. O Código Elétrico Nacional (NEC 2002) requer a remoção de cabos abandonados que não sejam identificados para uso futuro.
Sem certificação, o custo do cabo legado pode
incluir a despesa com a remoção e reciclagem dos cabos e/ou o impacto ambiental
da eliminação.
Maximizar o uso de cabos de cobre e fibra existentes é
uma política de negócios consistente. Quando devidamente conservado tem uma
longa vida útil. Com orçamentos limitados exigindo maior eficiência, faz
sentido usar a certificação para implementar os três pilares da gestão
ambiental:
Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
5. Comprador
Cauteloso.
Uma tendência inquietante na indústria de cabos refere-se a produtos das categorias 5, 6 e 6A. Estes cabos são muitas vezes fabricados fora do país e é mais barato se comparado ao de grandes fabricantes. Infelizmente, muito destes cabos baratos são produzidos com materiais inferiores e em processos de fabricação questionáveis.
Em
2008, a Communications Cable &
Connectivity Association testou nove marcas de cabos sem nome
em comercialização no mercado.. Nenhuma delas atingiu porém os requisitos
físicos definidos no TIA 568-B.2; apenas cinco atenderam aos padrões de teste
elétrico determinados no TIA 568-B.2; e somente uma atende aos pré-requisitos
de segurança definidos pelas normas UL 1666 e NFPA 262.
Mas
como esse cabo tão fraco chega ao mercado? Isso acontece porque as agências de
segurança realizam testes aleatórios na fábrica e não no campo. O abismo no
processo de qualidade deixa os usuários finais expostos a riscos de segurança e
desempenho totalmente evitáveis.
Para assegurar que não haja prejuízo ou riscos ocultos
com cabos Cat 5, 6 e 6A de baixo custo, as empresas e instaladores devem se
certificar de que o cabeamento esteja de acordo com os padrões da indústria.
Em
suma, o cabeamento certificado tem muito mais valor. E pode variar dependendo
da aplicação e da empresa. Considere as armadilhas dos cabos não certificados.
Considere o trade-off entre
os testes e "espere o melhor".
A
esperança é raramente uma boa estratégia e, em uma economia desafiadora, é
ainda mais perigosa.
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